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Aprenda A Desenvolver O Planejamento Financeiro De Seu Condomínio! Confira Agora O Passo A Passo

Aprenda a desenvolver o planejamento financeiro de seu condomínio! Confira agora o passo a passo

Assim como acontece nas empresas e finanças pessoais, os condomínios precisam de planejamento financeiro. Confira 9 passos para organizar e planejar as finanças de condomínios e propor uma taxa condominial adequada

Mesmo não sendo uma empresa com fins lucrativos, é necessário fazer o planejamento financeiro do condomínio, afinal síndico e administradora devem ter em mãos as despesas previstas, benfeitorias futuras e quanto dinheiro terá à disposição todos os meses para honrar os compromissos.

Com acompanhamento, é possível fazer os ajustes no orçamento quando necessário, além de montar uma reserva de emergência ou criar um fundo de obras para o condomínio, se estiver no planejamento financeiro.

Continue lendo este texto para entender o que é e como fazer o planejamento financeiro do condomínio em 9 etapas!

Como fazer o planejamento financeiro do condomínio?

Fazer um planejamento financeiro não é difícil. Contudo, é necessário analisar todas as receitas e despesas do condomínio para poder projetar da melhor maneira possível os gastos de um determinado período.

O ideal é que você faça o planejamento financeiro para um ano inteiro. Dessa forma, será possível planejar melhor os gastos com manutenção.

Além disso, com um planejamento anual, é possível preparar o caixa do condomínio para os períodos nos quais os gastos são maiores, como no final do ano, quando é preciso pagar o 13º salário para os funcionários.

Sendo assim, confira a seguir um passo a passo de como fazer o planejamento financeiro do condomínio.

1. Analise as contas

O primeiro passo para fazer qualquer planejamento financeiro é analisar as contas. Sendo assim, verifique se o condomínio possui dívidas em aberto e cheque se o saldo bancário está positivo ou negativo.

Além disso, é importante verificar se o local tem algum fundo financeiro ou reserva de emergência.

Também é essencial checar se o condomínio está pagando parcelas de um empréstimo — ou de uma compra ou se contratou um serviço e está fazendo o pagamento aos poucos.

Ao fazer esse levantamento, é preciso verificar qual é o número de funcionários do condomínio e quais são os gastos com a folha de pagamento.

Além disso, também é fundamental checar quais são os principais gargalos financeiros do lugar, por exemplo se a conta de luz vem muito alta. Dessa forma, é possível verificar para onde a maior parte do dinheiro está indo e tentar reverter essa situação.

Após fazer essa análise, você conseguirá ter uma noção de qual é a situação financeira do condomínio e como você deverá conduzir o planejamento financeiro do local. Algumas das opções que podem surgir são:

  • Priorizar o pagamento de débitos;
  • Começar a formar uma reserva de emergência;
  • Optar por construir um fundo de obras.

2. Verifique as despesas dos anos anteriores

Antes de começar a fazer o planejamento financeiro do condomínio, analise as despesas dos anos anteriores.

Dessa forma, você consegue saber quais foram os principais gastos do condomínio, em quais meses as despesas aumentam e em quais períodos elas diminuem.

Depois que você fizer essa análise, será possível projetar os gastos do condomínio com mais clareza e, portanto, fazer um planejamento financeiro melhor e que seja condizente com a realidade do lugar.

3. Leve em consideração uma possível inadimplência por parte dos condôminos

Ao fazer o planejamento financeiro do condomínio, é preciso levar em consideração uma possível inadimplência por parte dos condôminos.

Isso porque, em média, até 10% das pessoas não pagam as taxas em dia. Sendo assim, para que o condomínio não corra o risco de ficar sem caixa, na hora de fazer o planejamento financeiro, considere que nem todos os condôminos vão pagar a taxa em dia. Você pode se basear no histórico de inadimplência do último ano para calcular essa margem.

4. Planeje os gastos com as despesas ordinárias

As despesas ordinárias são aquelas que se repetem todos os meses, como:

  • Salários dos funcionários;
  • Contas de água, luz e gás;
  • Gastos com manutenção.

Além disso, o gestor também precisa considerar o dissídio dos colaboradores, sejam eles orgânicos ou terceirizados. Isso porque todos os anos os trabalhadores brasileiros têm direito a receber um reajuste salarial.

Sendo assim, ao fazer o planejamento financeiro do condomínio, o síndico ou administrador precisa considerar os meses nos quais os colaboradores passarão pelo ajuste salarial.

Depois de verificar quais são as despesas ordinárias, é possível planejar o quanto será gasto com essas contas todos os meses e, dessa forma, destinar uma parte do orçamento mensal para esses gastos.

5. Planeje os gastos com as despesas extraordinárias

Além das despesas ordinárias, todo condomínio possui gastos extraordinários, que são provenientes de imprevistos, como vazamento de água ou algum defeito no portão da garagem.

Para que não seja necessário aumentar o valor da taxa do condomínio para arcar com essas despesas, e nem desfalcar o caixa do local, o ideal é montar uma reserva financeira para poder passar por situações como essas com mais tranquilidade.

Contudo, para formar esse fundo, é necessário destinar todos os meses um percentual do valor arrecadado pelo condomínio para a reserva de emergência.

Além disso, o valor que você vai destinar para esse fundo também precisa estar previsto no planejamento financeiro. Geralmente na Convenção do Condomínio está estabelecido o percentual que deve ser destinado para esse fim.

No entanto, caso o seu condomínio possua dívidas, é importante negociá-las para quitá-las o quanto antes e então formar o fundo de reserva.

Confira abaixo as dicas de planejamento financeiro do especialista Maicon Guedes, advogado e síndico profissional:

6. Planeje as manutenções preventivas

Todos os anos o condomínio precisa fazer uma manutenção preventiva em seus sistemas e equipamentos.

Fazer a manutenção preventiva também pode ajudar a evitar imprevistos e, dessa forma, também contribuir para que o condomínio economize dinheiro, já que os serviços emergenciais costumam ser mais caros.

Contudo, é importante fazer um calendário de manutenções, escolhendo um mês para verificar a condição de cada equipamento instalado no condomínio.

Dessa forma, é possível projetar as despesas e evitar que o condomínio precise gastar muito dinheiro de uma só vez.

7. Crie um fundo de obras

Também é preciso colocar as obras que devem ser feitas no condomínio no planejamento financeiro.

O mais indicado nessa situação é fazer um rateio, ou seja, levantar qual será o custo dessa obra e dividi-lo entre todos os condôminos.

É importante que uma parte do dinheiro necessário seja arrecadada antes de iniciar a obra, e isso pode ser feito por meio de um fundo de obras. Assim, o condomínio não corre o risco de ficar sem dinheiro no meio da obra e também não vai precisar aumentar as taxas de uma hora para outra.

8. Planeje os gastos com os encargos trabalhistas

Todos os anos o condomínio que tem funcionários próprios precisa pagar alguns encargos trabalhistas, como férias e 13º salário. Caso esses gastos não estejam previstos no planejamento financeiro, pode não haver dinheiro suficiente no caixa para pagar os funcionários.

Sendo assim, o ideal é dividir o valor desses encargos ao longo do ano. Dessa forma, o condomínio poupa um pouco todos os meses para conseguir pagar essas despesas quando for necessário, sem precisar desfalcar o caixa ou aumentar a taxa cobrada dos condôminos repentinamente por alguns meses.

9. Apresente o seu planejamento financeiro para os condôminos

Após finalizar o planejamento financeiro do condomínio, o síndico deve convocar uma reunião para apresentá-lo para os condôminos.

Caso seja aprovado, o administrador ou síndico pode começar a colocar em prática.

O recomendado é que o planejamento financeiro seja feito no finalzinho ou início do ano e revisitado ao longo dele, ou sempre que necessário, para ter certeza de que as finanças estão em dia e condizentes com o que o condomínio precisa.

Fonte: Síndiconet

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