Startup oferece mercado de autoatendimento dentro de condomínios
O mercado opera sem funcionários, em áreas comuns de prédios e condomínios.
Imagine que você está em casa, fazendo uma faxina ou cozinhando e, na última hora, falta algum produto.
Hora de ir ao mercado e o morador do prédio precisa só colocar máscara, luvas, descer pelo elevador. E vai para o pátio do prédio fazer as compras no autoatendimento. Na loja, nenhum funcionário.
O mercado funciona na base da honestidade: o morador baixa o app do serviço no celular. Faz um cadastro e a startup que criou o aplicativo consulta os dados do usuário, inclusive pra identificar se ele é maior de idade e pode comprar bebida alcoólica.
“Com o próprio celular, você vai fazer a leitura do código de barras dos produtos que você quer consumir. Eles vão para um carrinho virtual dentro do aplicativo. E esse valor é debitado da sua conta”, explica o empresário Eduardo Córdova.
Quando o mercado com autoatendimento foi lançado, Eduardo e Sandro Wuicik nem imaginavam que um vírus iria tornar o negócio deles tão relevante. Em menos de dois meses a equipe foi multiplicada por oito.
“Com a pandemia, além dessa hiper comodidade, a gente também consegue oferecer uma proteção aos moradores, evitando que ele saia do condomínio, vá em mercados, que hoje são centros que têm bastante pessoas, bastante aglomeração”, afirma Sandro.
A startup não faz obras e não modifica a planta do condomínio. Instala o mercado em qualquer área comum com mais de dois metros quadrados. A movimentação dos fregueses é monitorada à distância pela empresa. O faturamento vem da venda dos produtos, que ganha reforço da análise de dados.
“A gente entra conhecendo um prévio perfil do condomínio. E, à medida em que as compras vão ocorrendo, a gente começa a traçar o perfil de cada morador, através de inteligência artificial”, explica Sandro.
“Principalmente em produtos perecíveis, um cogumelo, por exemplo. A gente sabe que você gosta, a gente consegue te impactar, mandar uma mensagem: ‘olha, chegou o cogumelo hoje, se você quiser está à sua disposição’”, conta Eduardo.
A startup está em crescimento muito acelerado. Não revela faturamento, mas projeta para o mês de abril um aumento de 700% em relação a março.
Fonte: G1